Pelo segundo ano, quadrilhas juninas precisam se adaptar a pandemia para manter viva a tradição Com quantidade reduzida de pares, grupos usam redes sociais para realizar os arraiais durante um dos maiores festejos do Nordeste
Alerta Penedo com 7segundos
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Apresentação da quadrilha Flor de Mandacaru antes da pandemia da covid-19 - Foto: Cortesia (Foto: reprodução )
Para quem dança quadrilha, junho é o mês mais esperado do ano. É nele que toda a preparação de repertórios, coreografias, figurinos e cenários ganha vida e leva multidões para aproveitar essa atração cultural tão tradicional do São João. Porém, pelo segundo ano consecutivo, as limitações causadas pela pandemia da Covid-19 mudaram totalmente a rotinas desses apaixonados pelos festejos juninos.
Mas com os empecilhos, surgiram também as adaptações para manter a tradição nordestina de uma das maiores festas do país viva em Alagoas. Segundo o presidente da Liga de Quadrilhas Juninas de Alagoas (LIQAL), Washington Do Nascimento, os grupos conseguiram se adaptar ao meio online e, nesse São João, devem realizar lives através das redes sociais dos órgãos de cultural municipais, estaduais e de seus próprios perfis.
Nesse novo formato, o número de casais é reduzido, mas a apresentação continua com muita música, dança, e histórias que encantam quem assiste, como conta Jerlon, presidente da quadrilha Junina Flor de Mandacaru “Para as lives, o grupo é de cinco casais, que se apresentaram com figurinos compostos por algumas peças novas e por outras reaproveitadas de 2019”, contou.
E o impacto da falta de apresentações, que gerava boa parte da renda das quadrilhas, através dos arraiais e das premiações, acabou afetando toda a cadeia produtiva do setor cultural, além da renda dos integrantes, que, em muitos casos, precisaram se afastar dos grupos, como conta Jerlon “alguns componentes da quadrilhas ficaram desempregados e precisaram mudar de estado, outros acabaram desanimando sem as perspectivas de retorno, causando uma diminuição de integrantes de quase 30%”, explicou.
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