Homem carregando botijão de água | © Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução)
Após as chuvas, alguns pontos de União dos Palmares retratam, mais uma vez, cenas de filme. Diversas localidades do município estão totalmente de fora do cenário habitual. Inúmeras residências, estabelecimentos comerciais e patrimônios públicos fora danificados, ou totalmente destruídos, pela correnteza da água do rio Mundaú.
Alguns empresários da cidade afirmam que não sabem como irão se reestabelecer novamente, por conta dos danos que os alagamentos provocaram em suas empresas. Posto de combustíveis, laja jatos, lojas de roupas, utensílios domésticos e bicicletas, bomboniere e outros pontos comerciais, tiveram boa parte ou todos os seus produtos comprometidos.
Desde o período da tarde da última sexta-feira (1/07), uma equipe de reportagem do BR104 esteve em diversos pontos de União dos Palmares e de municípios vizinhos, acompanhando um possível transbordo do Rio Mundaú, que chegou a acontecer na madrugada da sexta para o sábado (2).
Os estragos, segundo as autoridades, se devem a muitos moradores de ruas localizadas em partes baixas da cidade, terem o chamado “apego” com suas casas, ou não acreditarem que seriam, mais uma vez, atingidos por uma enchente.
Os palmarinos que chegaram a presenciar a catástrofe ambiental que aconteceu em 2010, que destruiu parte da cidade, afirmam que, desta vez, o volume de água registrado no Rio Mundaú foi superior ao daquela época. No entanto, a Defesa Civil da cidade ainda não confirmou a magnitude do desastre provocado pelo transbordo do Rio Mundaú.
Nesta segunda-feira (4/07), a Prefeitura da cidade decretou estado de emergência em virtude das fortes chuvas que afetam toda a região, que chegou a ficar mais de 24h sem o fornecimento de energia.
Já o serviço de abastecimento de água nos bairros da cidade continua sem previsão de retorno. Uma das dificuldades que a população palmarina também encontra é o preço de alguns produtos que chegou a triplicar, como o da água mineral, por exemplo. Alguns comerciantes estão cobrando R$ 30 pelo garrafão.
Outro item que também teve o seu valor alterado desde o último sábado (2/07), foi a vela. Principalmente, quando a cidade foi alertada pela Defesa Civil de que o fornecimento de energia seria cortado em toda a região, por medidas de segurança.