(Foto: reprodução)
O Censo 2022 em
comunidades indígenas teve início ontem e vai durar até o dia 31 de outubro.
Desde 1991, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já
investiga dados referentes aos povos indígenas, mas este ano, a novidade é a
aplicação do Questionário de Abordagem Indígena.
Em
Alagoas, 93 agrupamentos indígenas receberão a visita dos recenseadores, em 33
municípios alagoanos. Serão recenseados os povos indígenas que vivem dentro e
fora de suas terras, em áreas urbanas ou rurais e também aqueles que migraram
de outros países.
De
acordo com o IBGE, em Alagoas existem 10 Terras Indígenas oficialmente
delimitadas, sendo 43 agrupamentos indígenas definidos em setores censitários e
40 outras localidades indígenas, totalizando 93 agrupamentos. Este ano, a
novidade para o povo indígena, é a aplicação do Questionário de Abordagem
Indígena.
O questionário deverá ser aplicado na reunião
de abordagem com as lideranças comunitárias e, de preferência, antes do início
da coleta domiciliar. A ideia é explicar para as lideranças indígenas sobre o
Censo Demográfico e, assim, sensibilizá-las a permitir a entrada dos
recenseadores nas aldeias.
“Nesse questionário, haverá a identificação de
dados de infraestrutura, recursos naturais, educação, saúde e hábitos relativos
àquela aldeia ou comunidade. O objetivo é auxiliar a coleta no agrupamento,
trazendo ao recenseador características que devem ser consideradas nas
adaptações metodológicas do questionário domiciliar. A aplicação também ajuda a
levantar informações importantes sobre a realidade socioterritorial da
comunidade”, explica o IBGE.
Quilombolas
Dentre esses povos etnicamente diferenciados também estão
os quilombolas que, pela primeira vez, terão uma atenção especial, cujos dados
serão levantados pelo Censo 2022. Na próxima quarta-feira, será a vez destes
povos participarem do recenseamento. Para o IBGE, que segue normativas
nacionais e internacionais, quilombola ou indígena é a pessoa que assim se
identifica.
A
pergunta de identidade étnica para indígenas apareceu pela primeira vez no
Censo de 1991 e manteve-se nos Censos seguintes (2000 e 2010). No Censo
realizado em 2010, houve um aprimoramento da pesquisa em relação a essa
população, com a inclusão de perguntas sobre pertencimento étnico, línguas
indígenas faladas e se falava português.
O quesito cor ou raça foi transferido do
questionário da amostra (parte dos domicílios) para o do universo (total dos
domicílios), o que melhora a captação dessa característica.