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O Festival de Música de Penedo também será palco para o lançamento de livros importantes para a pesquisa na área musical. No evento, que vai ser realizado de 19 a 22 de outubro deste ano, serão lançados cinco novos títulos pelo selo do Centro de Musicologia de Penedo (Cemupe), vinculado ao curso de Música da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
“A importância dos títulos deste ano é que o selo Cemupe está abrindo espaço para temáticas de Alagoas voltadas não só para música, mas também para o social, como o livro do Luiz Almeida que fala sobre o Quilombo Lunga: as comunidades quilombolas do Lunga aos Bangas em Alagoas, em que aborda não só a música mas também a cultura do local”, destaca o coordenador do Festival e do Cemupe, professor Marcos Moreira. Ele informa que o financiamento da editoração dos livros, por meio do Festival, é da Secretaria Municipal de Cultura de Penedo.
Outro título a ser lançando, Os dobrados de Japiassú – volume 2, marca a continuidade na publicação das obras do maestro Aquino Costa Japiassú, pioneiro na inclusão de mulheres em bandas filarmônicas. “O dobrado é um estilo musical para banda de música. Ano passado publicamos o volume 1 e, agora, estamos continuando”, informa Moreira que assina a autoria do livro com o professor da rede estadual de Alagoas, João Paulo Lima da Cruz.
A publicação do Álbum de Armia também integra a programação do Festival. A obra é produzida pelo cantor, tenor e professor da Universidade Nova de Lisboa, Alberto Pacheco. O livro Harmonia para guitarras: um caminho pedagógico musical, de Ricardo Lopes, também será lançado em Penedo.
Dos cinco livros a serem publicados, Moreira chama atenção para o Dicionário Musical Língua Portuguesa, de autoria de Isaac Newton, cujas duas edições raras (1904/1908) integram o acervo da Fundação Casa do Penedo. “Das publicações deste ano, a mais significativa é o Dicionário Musical. É uma obra muito antiga, um livro importantíssimo para o selo Cemupe. Vamos editar um livro que, praticamente, estava extinto”, destaca o coordenador. Ele ressalta que a relevância da obra para o estudo da música não se restringe apenas ao Brasil, “mas se estende a todos os países de língua portuguesa”.
Mais sobre o selo Cemupe
O selo Cemupe foi criado em 2018 e representa o grupo de pesquisa e o Centro de Musicologia de Penedo, laboratório que está sendo implantado na referida cidade. A expectativa é de que o selo passe a publicar uma média de cinco livros por ano.
O primeiro lançamento foi o livro O dobrado 16 de setembro, do maestro Aquino Costa Japiassú. “Ele foi o maestro que, junto com Gustavo Paiva, criou a filarmônica feminina de 1936. A obra é uma coletânea, um livro organizado, e que deu início ao selo Cemupe”, informa Moreira.
Ele conta que o selo só ficou efetivo em 2021, a partir de uma parceria com a editora Pimenta Cultural, situada em São Paulo. “É uma editora de renome nacional e tem uma lista de pareceristas importantes no país. Vai gerar muita produção para Alagoas, em parceria com Ufal e o Cemupe”, ressalta.
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