Alexandre de Moraes / Crédito: Reprodução / Internet (Foto: re)
Parece mesmo que tudo que acontece em Alagoas, no embate eleitoral, tem de ser resolvido em Brasília.
Uma pena!
Depois de cobrar explicações à PF sobre atuação no caso da maleta de dinheiro de Marcelo Victor – a pedido de Renan Calheiros -, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, agora cobra explicações à Polícia Militar de Alagoas sobre a mudança no comando de policiamento de 33 municípios do interior – 29 deles de oposição – às vésperas da eleição do primeiro turno. O pedido, agora, foi de Arthur Lira, o espelho político do senador Renan pai.
O caso da PM, lembro ao leitor e à leitora, foi trazido pelo blog em primeira mão, no dia 30 de setembro. Então, o comandante do Policiamento do Interior, coronel Wilson da Silva, disse ao blog que não concordava com as mudanças porque elas não se justificariam. Foi mais longe e apontou interferência política na instituição.
No dia 4 de outubro, o comando-geral da PM exonerou o coronel Wilson do CPI. O blog, de novo, publicou a informação (e recebeu sinais estranhos, com os quais eu já estou acostumado e que não vão mudar minha conduta profissional).
Ao fato.
Eis o trecho final da decisão de Alexandre de Moraes.
Nesse contexto e considerando as informações contidas na Reclamação,
DETERMINO:
(1) à Polícia Militar de Alagoas que, no prazo de 48 (quarenta e oito horas) preste as devidas informações, mediante a apresentação de cópia dos documentos existentes que justifiquem a troca do efetivo policial, em pleno período eleitoral; e
(2) ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas que, no prazo de 48 (quarenta e oito horas) preste as informações que entender necessárias sobre o ocorrido.
Publique-se e comunique-se com urgência.
Brasília, 11 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Presidente