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No próximo dia 10, a União deve repassar aos 5.570 municípios
brasileiros o montante de R$4.105.723.849,37 relativo aos primeiros dez dias de
outubro do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. O valor é 11% maior se
comparado ao primeiro decêndio de setembro deste ano.
Mas quando comparamos com os números do mesmo período de 2022, o repasse
do FPM segue a tendência de queda. Nesta transferência a redução foi de 13%. No
ano passado, o valor pago nesta mesma época foi de R$ 4.734.554.97.
Para o assessor de orçamento César Lima, apesar da queda em
relação ao ano passado esse repasse mostra uma retomada do
crescimento.
“A boa impressão que passa é que nós estamos numa curva ascendente, que
vem se retomando o crescimento da arrecadação — e isso se refletindo no FPM. O
que é muito bom para os municípios que vêm passando por grandes dificuldades
fiscais nesse início de segundo semestre.“
Comparativo:
1º Decêndio de set/2023: R$ 3.660.262.229
1º Decêndio de out/2023: R$ 4.105.723.849
1º Decêndio de out/2022: R$ 4.734.554.97
O FPM na conta dos municípios
No município de Santo Antônio de Posse (SP), de 23 mil habitantes, na
região metropolitana de Campinas, o FPM representa um terço da arrecadação. A
receita maior, segundo o prefeito João Leandro Lolli, vem do ICMS. O gestor
conta que vem pisando no freio dos gastos e precisou fazer cortes por conta da
queda nos repasses dos últimos meses.
“Não só o PFM, mas o ICMS também caiu bastante. Estamos fazendo
contenção de gastos, dispensando pessoal, cortamos primeiro os comissionados,
vamos fechar a folha e pagar o 13º com muita dificuldade.”
Segundo o prefeito, a primeira consequência para a cidade é a
interrupção dos investimentos. “Obras e outras melhorias são as primeiras a
pararem quando se passa por uma situação como a que estamos vivendo”, lamenta o
gestor.
Municípios bloqueados
De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira do governo
federal (Siafi), até o dia 4 de outubro, 6 municípios estavam impedidos de
receber recursos federais, inclusive o FPM. Esses bloqueios podem acontecer por
diversas razões, entre elas a ausência de pagamento da contribuição ao Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), dívidas com o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) e com a inscrição da dívida ativa, falta de
prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde
(Siops), entre outras.
Lista de municípios bloqueados até 4/10
1. CAPÃO DA CANOA – RS
2. GOIANORTE – TO
3. IGARAPÉ GRANDE – MA
4. MATOS COSTA – SC
5. MONTES CLAROS – MG
6. NITERÓI – RJ
Fonte: Brasil 61