Aplicativo WhatsApp para smartphones - Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images (Foto: Reprodução)
O WhatsApp, de propriedade da Meta, anunciou, nesta quinta-feira (5), que aumentará o limite dos grupos para até 512 pessoas. Entretanto, a mudança no Brasil só ocorrerá após as eleições, em outubro deste ano.
“Conforme já informado, com base exclusivamente em nossa estratégia de longo prazo para o Brasil, esta funcionalidade só será implementada após ser testada em outros mercados, de acordo com o calendário já divulgado para as Comunidades no WhatsApp”, afirma a empresa.
A nova funcionalidade reunirá vários grupos em um mesmo espaço. Pela plataforma continuar privada, não será possível procurar ou descobrir novas comunidades, como é feito em outas mídias sociais, como o Facebook, que pertence a mesma companhia.
Estão sendo desenvolvidas mecanismos para os administradores, que poderão apagar mensagens ou arquivos de mídia abusivos ou inadequados para todos os membros do grupo — o que não é permitido na versão atual.
Segundo fontes, Bolsonaro tentou antecipar megagrupos
Segundo informações de fontes do Palácio do Planalto à CNN, o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante uma reunião com representantes da plataforma, em 27 de abril, fez uma última tentativa para que o lançamento do recurso fosse feito antes do pleito.
Os mesmos interlocutores disseram que ele também questionou se a empresa poderia fazer testes do aplicativo no Brasil ainda neste ano, ainda que sua implementação não fosse possível antes das eleições. Os executivos, então, teriam sinalizado que poderiam fazer testes em pequena escala no Brasil, sem deixar claro quando isso ocorreria.
A decisão do adiamento do lançamento não foi decorrente do acordo firmado entre a empresa e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no programa de combate à disseminação de notícias falsas. Segundo comunicado, a medida foi tomada exclusivamente pela empresa, visando a “confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo”.
O memorando de entendimento, firmado em 15 de fevereiro, prevê uma série de iniciativas da plataforma, mas não faz qualquer menção aos megagrupos de conversas. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do TSE.
Na ocasião, o CEO do WhatsApp, Will Carhcart, se comprometeu a não implementar nenhuma mudança significativa antes do período eleitoral.