Maurício Borges foi campeão olímpico em 2016  (Foto: reprodução)

Pós cinco anos, estamos de volta ao maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas. Sendo realizada em Tóquio, no Japão, a distância entre Alagoas e o país asiático diminui quando vemos os nossos representantes erguendo nossa bandeira nos Jogos. E, especificamente em 2021, cinco atletas levam o vermelho, branco e azul da bandeira alagoana para o país oriental.

Maurício Borges, atleta do vôlei brasileiro, é medalhista de ouro e atual campeão olímpico, no Rio 2016. Marta e Geyse jogam pela Seleção Brasileira de futebol feminino e, apesar da tradição e boas campanhas, ainda buscam o primeiro ouro da modalidade. Duda é uma jovem de 17 anos, que participará da ginástica rítmica de equipes. Além deles, teremos Bruna Farias, no revezamento 4x100m rasos no atletismo.

Entre esses cinco, alguns já são famosos entre o público nacional, inclusive, já são medalhistas olímpicos. Os outros ainda buscam a maior honraria do esporte olímpico e conquistar suas primeiras medalhas representando Alagoas e o Brasil.

O vôlei com Maurício Borges

Quase 2m de altura, 32 anos e um ouro olímpico, Maurício Borges tem um currículo recheado e que enche os olhos de qualquer atleta que sonha em chegar às Olimpíadas. O ponteiro tem um grande histórico de títulos, seja por clubes, pela Seleção Brasileira ou até mesmo prêmios individuais.

Maurício foi uma das peças fundamentais do ouro e tenta o bi-campeonato - Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Em 2017 o jogador foi eleito o MVP do Campeonato Sul-Americano, além de ter vencido o prêmio de revelação da Superliga na temporada 2007-08. Em 2021 o atleta busca o bicampeonato olímpico ao lado de outros grandes destaques do vôlei do Brasil, como Bruninho e o técnico Renan Dal Zotto, que venceu a Covid-19 há alguns meses.

O ponteiro alagoano estreou na madrugada deste sábado (24), contra a Tunísia, com vitória por 3 sets a 0. Além da seleção africana, o ponteiro deve ser figurinha carimbada contra os outros países do grupo: Argentina, Estados Unidos, França e Rússia. Na segunda rodada, que acontece no dia 26 de julho, a seleção terá o clássico com a Argentina. Para avançar de fase, a seleção amarelinha necessita ficar entre os oito melhores e alcançar as quartas de final.

Dupla no futebol feminino

O futebol feminino é a única modalidade de Tóquio em que Alagoas tem duas representantes, e bem conhecidas do público alagoano. A primeira delas, nada mais, nada menos do que a seis vezes melhor do mundo, a camisa 10 e a sertaneja de Dois Riachos Marta, que joga no Orlando Pride.

A alagoana vive a expectativa de conquistar seu primeiro ouro olímpico. No seu currículo, além dos troféus de melhor do mundo, constam uma Liga dos Campeões, sete títulos da Liga Sueca, uma Libertadores. Dentro das Olimpíadas e já com 35 anos, Marta tem grandes conquistas, como duas pratas: nas Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008. No Rio 2016, a seleção ficou com o quarto lugar.

Depois de parceria na Copa do Mundo, Marta e Geyse estarão juntas novamente nas Olimpíadas - Foto: CBF

Também no ataque, Marta pode ter a parceria de uma centroavante que vem direto de Maragogi, no litoral alagoano. O nome dela é Geyse, que tem passagens por muitos clubes, inclusive a UDA. A atacante já jogou no Corinthians, Benfica e hoje está atuando com a camisa do Madrid CFF.

As meninas do Brasil foram as primeiras a estrearem nos jogos de Tóquio. A estreia aconteceu na madrugada do dia 21, contra a China. Na rodada um, as brasileiras venceram, por 5 a 0, Marta marcou dois gols, porém Geyse ficou no banco de reservas.

Em busca da classificação e do inédito ouro, o Brasil já retornará a campo neste sábado (24), às 8h (horário de Brasília), contra outra seleção que é favorita ao ouro olímpico: a Holanda. Na estreia, as holandesas golearam a Zâmbia, por 10 a 3, e saem na frente na classificação. Para avançar pro mata-mata, o Brasil precisa ficar em uma das duas primeiras posições do grupo, ou ter melhor campanha entre os terceiros.

Ritmo da ginástica com Duda Arakaki

Também teremos estreia alagoana nas Olimpíadas de Tóquio. Duda Arakaki, maceioense de apenas 17 anos, estará na equipe de ginástica rítmica. Apesar da pouca idade, a jovem já foi destaque e vem para a sua primeira Olimpíada.

Com apenas 17 anos, Duda disputará sua primeira olimpíada - Foto: Ricardo Bufolin/CBG

No último Pan-Americano, em 2018, Duda conquistou a medalha de bronze na competição por equipes. A bela atuação rendeu a vaga em Tóquio 2020, também nas equipes. A ginasta foi um dos pilares para a classificação brasileira direto para as Olimpíadas, há pouco tempo, no Pan-Americano de Ginástica Rítmica.

A estreia deve acontecer no dia 6 de agosto, quando será iniciada a ginástica rítmica em conjunto feminino. Evento, que será apenas o segundo da modalidade em Tóquio, está marcado para as 22 horas (horário de Brasília).

Bruna Farias e o Atletismo

Fora dos esportes com bola e do malabarismo da ginástica, Alagoas também terá muita velocidade em Tóquio. A responsável por isso será Bruna Farias, nascida em Jequiá. Aos 29 anos, a atleta estará na reserva da disputa do revezamento 4x100m rasos feminino. Apesar de sair cedo de Alagoas para crescer na carreira, a escolha parece ter valido à pena, já que chega em sua segunda Olimpíada.

Em 2016, a alagoana atuou na mesma categoria, porém, acabou sendo eliminada por uma infração, com isso, 2021 se torna a maior oportunidade de Bruna nos Jogos Olímpicos. O otimismo também passa pelas boas marcas da velocista nas competições que antecederam Tóquio 2021.

Bruna estará na reserva a equipe de revezamento - Foto: Assessoria de Imprensa da CBAt

O atletismo nos Jogos demorará um pouco mais para se iniciar. A modalidade começa apenas no dia 29 de julho e dura até 8 de agosto, onde Bruna estará na reserva.