O trabalho de testagem está sendo liderado pela própria vice-reitora da Ufal, professora Eliane Cavalcanti. Bióloga e pesquisadora, a vice-reitora foi uma das cientistas que atuou com o grupo do Laboratório Clínico Molecular do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, responsável pela realização de milhares de testes na região agreste do estado durante o ápice da pandemia. Com os testes realizados agora na Expedição do São Francisco, a meta é mensurar os impactos da doença nas populações ribeirinhas no atual contexto da disseminação do coronavírus.
“É fato que os números da pandemia, graças à vacinação em massa e a outros fatores como o trabalho dos profissionais da saúde e as medidas de restrição, vêm caindo. Mas infelizmente ainda não estamos livres da Covid-19. A gestão da Ufal está presente neste esforço coletivo de combate à pandemia e nos deslocou, assim como a toda esta equipe, para participar deste Expedição dando esta importante colaboração rumo a contermos a propagação do vírus. Nossa Universidade atuou e vem atuando para ajudar nosso estado a superar esta crise sanitária e iremos avançar ainda mais rumo ao alcance deste objetivo”, disse Eliane Cavalcanti.
Somado aos exames, o grupo também tem feito um trabalho de educação ao orientar a população sobre a importância do uso de máscaras e da vacinação completa. Todos os municípios ribeirinhos pelos quais a Expedição Científica do Rio São Francisco vai passar terão amostras da sua população coletadas e testadas por meio de exames RT-PCR. Até agora já fora realizados testes nas cidades de Piranhas, Pão de Açúcar e Traipú. Em cinco dias de expedição foram coletadas 235 amostras de material biológico para rastrear a presença ou não do vírus da Covid-19 nas populações habitantes das cidades e povoados que margeiam o rio São Francisco. Deste total, já foram analisadas 175 amostras, todas negativas.
“Esse é um resultado muito importante, porque mostra que o índice de transmissibilidade tem caído nesta região. Na passagem da expedição ao longo do Baixo São Francisco estamos mostrando que mesmo nos lugares mais longínquos a imunização avança e a diminuição da propagação do vírus é real, realizando um mapeamento importante nas estratégias de controle da propagação deste vírus. Vírus que tanta morte já causou, matando mais de 600 mil brasileiros e mais de 6 mil alagoanos”, esclareceu Eliane Cavalcanti. Além dos exames, o grupo também tem feito um trabalho de educação ao orientar a população sobre a importância do uso de máscaras e da vacinação completa.
Os testes RT-PCR foram adquiridos pela equipe da Expedição e a gestão da Ufal entrou com todo apoio logístico para realização do trabalho de testagem. O trabalho é organizado, sistemático e sincronizado: uma equipe de coleta chega ao local e, após os exames, o material mantido em condições adequadas de temperatura é enviado por terra, num carro oficial da Ufal, ao Laboratório Clínico Molecular do Campus Arapiraca da Universidade. Lá é recebido por outra equipe que, imediatamente, processa e analisa as amostras. Assim, o resultado fica pronto em menos de 24 horas e é enviado à Secretaria de Saúde de cada cidade, responsável por dar uma devolutiva à comunidade local.