Na quinta-feira, mais uma comunidade será vistoriada; situação, segundo o órgão, está sob controle (Foto: reprodução )
Agentes da Defesa Civil de Penedo iniciaram, nesta segunda-feira (7), vistorias às comunidades que historicamente são afetadas pelas cheias do Rio São Francisco. De acordo com o órgão, a ideia é analisar o estado de alerta e monitorar as condições dos locais.
A comunidade Marizeiro, localizada no limite com o município de Igreja Nova, foi o primeiro alvo da ação. Na quinta-feira (10), o órgão estará na Ilha das Canas.
De acordo com a coordenação da Defesa Civil de Penedo, o estado de alerta relacionado à cheia no Rio São Francisco está mantido. O coordenador do órgão, Geraldo Sabino, disse que a situação está dentro da normalidade.
“Nós conversamos com os moradores e a situação está normalizada, existe uma ‘porta d’água’ no local que mantém a passagem de água em condições de controle”, explicou, enfatizando que mantém contato regular com representante dos moradores dos povoados situados em áreas afetadas durante as cheias.
O povoado Marizeiro é situado em área de declive, onde se forma uma lagoa, com registro de casas inundadas em 2004, quando a vazão do rio São Francisco praticamente alcançou o dobro do nível atual, mantido em quatro mil metros cúbicos por segundo até o próximo dia 10 de março, segundo informe mais recente da Chesf sobre a liberação de água na Usina Hidro Elétrica de Xingó.
Na próxima quinta-feira (10), a Defesa Civil de Penedo visitará a comunidade Ilha das Canas, situada às margens do rio São Francisco, para verificar as condições dos moradores e articular ações de assistência que se fizerem necessárias.
MAIOR VAZÃO DOS ÚLTIMOS 13 ANOS
A vazão do Rio São Francisco é a maior dos últimos 13 anos. O nível passou de 800 m³/s para 4000 m³/s em janeiro, com elevação entre dois e três metros nas margens. Além de colocar em risco algumas comunidades ribeirinhas, o aumento tem impactado diretamente na paisagem ribeirinha e também nas atividades que dependem do nível das águas. Exemplo disso é a captação para abastecimento humano. De acordo com a Agreste Saneamento, o volume foi tamanho que impactou, inclusive, nos equipamentos preparados para esse tipo de situação.