Foto: reprodução/internet (Foto: Alerta Penedo)
Por Berg Morais
Desde tempos imemoriais, a política alagoana tem sido um terreno fértil para intrigas, alianças e reviravoltas. No entanto, um padrão curioso tem se manifestado ao longo dos anos: políticos que se aliam à influente família Calheiros, parecem destinados a desaparecer do cenário político.
O mais recente exemplo desse fenômeno intrigante é o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Após deixar o cargo de chefe do Executivo municipal, Palmeira tentou ascender ao governo do estado, porém, sua trajetória política encontrou um impasse.
Depois de ocupar a posição de secretário estadual por indicação dos Calheiros, ele agora se vê reduzido a tentar uma eleição para vereador na capital alagoana, uma mudança que certamente chama a atenção dos observadores políticos.
Outro caso emblemático é o de Maurício Quintella, que já foi deputado federal por cinco legislaturas e até mesmo ministro no governo de Michel Temer. Apesar de sua ascensão e influência, Quintella parece ter sido engolido pelo mesmo vórtice político que afetou seus colegas alinhados à família Calheiros, e agora seu nome mal é lembrado no cenário político local.
Um terceiro exemplo que ilustra essa misteriosa tendência é o de Kátia Born, duas vezes prefeita da capital alagoana. Embora tenha desempenhado papéis de destaque, hoje ela se encontra no posto de secretária estadual, incapaz de retornar ao cenário político com um mandato eletivo.
Esses casos levantam questões profundas sobre os meandros da política em Alagoas e sobre o verdadeiro alcance do poder da família Calheiros. Nos bastidores, aponta-se para a volatilidade e complexidade da política local. Independentemente da explicação, uma coisa é certa: o enigma dos políticos que desaparecem ao se aliar aos Calheiros permanece sem solução, pelo menos por enquanto.