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A base do prefeito JHC (PL) neste novo mandato contará com os quatro vereadores eleitos pelo MDB - esta foi uma das revelações feitas pelo vereador por Maceió Kelmann Vieira (MDB), que recentemente anunciou sua migração para a base do atual gestor da capital.
Em entrevista ao programa Na Mira da Notícia, na Rádio Gazeta FM Arapiraca, Kelmann falou também da sua relação com o vice-prefeito Rodrigo Cunha (Podemos), do afastamento da base do governador Paulo Dantas (MDB) e dos motivos que o levaram a integrar o grupo que sustenta JHC na câmara da capital.
O vereador negou que haja qualquer chamado do senador Renan Calheiros, presidente estadual do MDB, para tentar trazê-lo de volta para sua base. “Ele é o presidente, uma pessoa que eu tenho uma estima muito grande. Jamais vou deixar de conversar com o senador se ele chamar, mas quanto a estar na base de JHC eu já dei minha palavra e ele tem que entender que isso é uma questão do meu mandato”, disse.
“Não sou só eu que vou participar da base pelo MDB. Eu, Alan Pierre, Fátima Santiago e Zé Márcio, todos vereadores eleitos pelo MDB, todos farão parte da base de JHC. É difícil ficar fora desse contexto. Então no momento em que ele me chamar eu irei e explicarei a ele todas essas razões”, completou.
As razões, segundo Kelmann, são a própria sobrevivência do seu mandato, já que após sua saída da Secretaria de Prevenção à Violência do estado (Seprev), começou a ter suas demandas não atendidas pelo governo. “Voltei para a câmara, mas é muito difícil fazer oposição quando o prefeito é bem avaliado como o JHC. Eu sofria com as minhas bases, porque eles sempre me questionavam sobre o que tava faltando, e eu ficava impotente com tantas demandas”, afirmou.
O vereador falou ainda do esfriamento da temperatura na relação com Paulo Dantas e com o secretário Victor Pereira, apontado na época como o algoz de sua saída da Seprev.
“Quando saí da secretaria, a gente se distanciou do governo do estado e eu não tinha mais nenhuma demanda atendida nem pelo governo, nem pela prefeitura. Então esse mandato seria muito difícil se eu não estivesse do lado de quem pudesse colaborar. [Com Victor Pereira], apesar de ter sentado durante a campanha, ter conversado, mas é lógico que não volta a ser como antes. Quando saí da Seprev, lógico que a gente se afastou do governo do estado”, disse.
Kelmann falou ainda sobre o episódio em que teria supostamente agredido o então senador Rodrigo Cunha, hoje vice-prefeito de Maceió, durante uma partida do ASA em Arapiraca em 2022. O vereador afirmou que se arrepende do ocorrido e pediu desculpas a Cunha recentemente.
“Se pudesse voltar no tempo eu com certeza teria evitado. Não começou comigo mas aconteceu, encontrei com ele há poucos dias e tive oportunidade de parabenizá-lo e ao mesmo tempo pedir desculpas pelo ocorrido. Porque apesar de superado, eu nunca tive oportunidade de tê-lo encontrado. Disse a ele que pode contar comigo ao lado dele na nova missão. Somos dois arapiraquenses”, disse.
Vieira disse ainda que vai ajudar Rodrigo se ele for alçado à condição de prefeito de Maceió, e acredita que o prefeito JHC irá cumprir o compromisso de disputar as eleições de 2026 e ceder a prefeitura a Cunha, seu vice.
“Todos (os vereadores) têm uma expectativa. Alguns questionam se seria para o governo ou para o senado. Ele sempre tem acenado para a gente, que vai sair. A dúvida é ser governador ou ser senador, mas não tenho dúvida que ele vai pra essa missão e Rodrigo assume a prefeitura de Maceió”, afirmou.