(Foto: reprodução )
A possibilidade de o deputado federal, e presidente da Mesa diretora da Câmara, Arthur Lira (PP), sair candidato a governador é muito menor do que a de se candidatar à reeleição.
Entre os argumentos que servem de base para a avaliação é o parlamentar nunca ter sido candidato a cargo Executivo – entre os quais estão prefeito, governador e o presidente.
“Arthur Lira se colocar a um cargo de Executivo é uma coisa que ele nunca tentou”, disse o cientista político Ranulfo Paranhos, em entrevista ao ACTA.
“Ele foi vereador por dois mandatos; deputado estadual por três e cumpre o terceiro mandato de deputado federal. É alguém que reúne muita informação e muita experiência como parlamentar”, disse, em avaliação, a propósito da visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Alagoas, na última quinta-feira (13).
A análise foi feita durante o programa Factual, que apresentou detalhes da visita.
E um dos pontos em destaque foi a proximidade do parlamentar alagoano ao presidente, que chegou a fazer um afago político a Lira, ao chamá-lo de “pai do voto impresso”.
Uma das que se tornaram bandeiras dos bolsonaristas, a proposta de voto impresso ganhou ímpeto após criação de comissão especial na Câmara dos Deputados para analisá-la.
O anúncio da criação do grupo de trabalho foi feito por Lira em Alagoas, durante uma das cerimônias com a presença de Bolsonaro.
“Essa lógica já está desenhada para 2022”, disse Paranhos.
“Nós já temos aí a primeira fotografia de 2022: Arthur Lira fazendo oposição ao governador Renan Filho – e ao grupo do governador Renan Filho, que não tem candidato ao governo ainda; pelo menos no momento”.
Ao analisar a possibilidade de o parlamentar ser candidato ao governo, o cientista político argumenta com o histórico político de Lira – a partir do desempenho Legislativo.
“Então, ele se comporta muito bem. Isso quer dizer que ele não pode ser Executivo? Pode ser Executivo”, referindo-se à possibilidade de sair para o governo.
“Mas, quando ele concorre para o Legislativo, ele concorre a nove vagas. Quando disputa para o Executivo, é uma vaga – perdeu, acabou. Ele não se importa em ser o primeiro ou o último colocado na disputa para deputado federal. O importante é conquistar a vaga de deputado federal. Agora, a vaga de governador são outros quinhentos”, diz Paranhos.
Fonte – Portal Acta