Na sessão plenária desta quarta-feira (01), o parlamentar repercutiu as denúncias que tem feito acerca da gestão de Alexandre Ayres na pasta da Saúde. De acordo com ele, o servidor Ademir está lotado, oficialmente, no gabinete do governador, exercendo cargo em comissão de assessor técnico especial de integração.
No entanto, o articulador figura na folha denominada IRF (Incentivo Relacionado à Função), destinada, segundo Davi Maia, ao funcionalismo diretamente ligado à pandemia, já que as remunerações são pagas pelo Fundo Estadual de Saúde. A maneira como está ocorrendo estes pagamentos está sendo questionada pelo deputado.
Ele acusa a Sesau de manter folhas paralelas e fantasmas para remunerar os apadrinhados políticos do secretário Alexandre Ayres. Ademir, neste caso, seria um dos beneficiados pela ‘bondade’ da gestão da Saúde.
“Há uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal requerendo a interrupção imediata destas folhas paralelas, mas o que o secretário Alexandre Ayres faz é usar estes mecanismos para engordar o salário dos seus amigos, incluindo servidores que não trabalham na linha de frente do enfrentamento à Covid-19”, disparou o parlamentar.
De acordo com Maia, Ademir Cabral nunca deu um dia de serviço na Sesau. Por isso, adiantou que vai encaminhar mais esta denúncia à Comissão de Saúde do Poder Legislativo para que se apure com mais profundidade as possíveis irregularidades.
“O secretário não se manifesta, não rebate as denúncias que estamos fazendo, mas continua beneficiando os servidores da sua ‘patota’ em várias folhas salariais. Alexandre Ayres é advogado e deve saber que estas situações incorrem em atos de improbidade administrativa”, avaliou.
Ele ainda voltou a mencionar supostas irregularidades nos plantões que estariam sendo cometidas pelo atual secretário-executivo de Saúde de Alagoas, Marcos André Ramalho. Durante a sessão, o parlamentar divulgou que o sargento Ramalho, como é conhecido, estava atendendo uma blogueira, na noite dessa terça-feira (31), em seu consultório médico particular, no mesmo horário em que constava na escala do Hospital Metropolitano.
A Gazeta manteve contato com a Sesau e com o Gabinete do Governador em busca de posicionamento acerca da denúncia feita pelo deputado, e aguarda a resposta.