Renan Calheiros / Agência Senado  (Foto: reprodução )

Um dos principais opositores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Senado Federal, o senador Renan Calheiros (MDB) – assim como faz o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) - não esconde a proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (MDB).

Tanto é assim que Renan Filho já chegou até a ser cogitado como possível vice de Lula em uma disputa pela presidência da República, em 2022.

Dentro desse contexto, não é surpresa a informação do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, ao repercutir a ausência de Renan Calheiros no evento do lançamento da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB/Mato Grosso do Sul) à Presidência da República, que ocorreu no dia de ontem em Brasília.

Primeiro ponto a ser levado em consideração: a candidatura de Tebet dificilmente se sustenta, pois ela não tem densidade política para o espaço onde está sendo colocada (basta olhar as pesquisas).

Mas, o que mais importa aí é o segundo ponto: Tebet não é, ainda que tivesse condições de disputa, a candidata do senador Renan Calheiros.

O exímio enxadrista alagoano tem sido muito fiel a Luiz Inácio Lula da Silva, desde as posições assumidas na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, no Senado Federal. Não por acaso, Renan Calheiros foi um relator com lado previamente assumido.

Renan Calheiros foi o único cacique emedebista que não compareceu? Não!

Mas houve quem, na ausência, enviasse vídeo, mensagem etc, como fez o ex-presidente da República, Michel Temer. Renan Calheiros e Renan Filho, entretanto, ignoraram o evento.

Todavia, no final das contas, ambos só fizeram aquilo que todos fazem ao ler qualquer manchete que coloque Simone Tebet como candidata à presidência da República: ignorar o delírio emedebista diante do que o atual cenário mostra.

Para além disso, Renan Calheiros trabalha, nos bastidores – como ressalta o colunista do Metrópole – para que o MDB se una ao ex-presidente Lula na disputa pelo Palácio do Planalto. Ele fez essa defesa de união entre MDB e PT ainda em 2018, quando o partido apostou as fichas em Henrique Meirelles.